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02/04/2024
A Argentina fechou o primeiro trimestre deste ano com queda de 30,7% na comparação com igual período do ano passado, com a venda acumulada de 2.477 veículos comerciais pesados, contra 3.574 unidades registradas em igual período de 2023. Em vendas mensais foram faturados 699 veículos, 34,6% menos na comparação com os 1.068 veículos faturados em igual mês de 2023.
Além das dificuldades que ainda perduram, como a morosidade para a aprovação de créditos bancários e conter os juros elevados, o mercado argentino sofre as consequências da nova estratégia do governo do presidente Javier Milei, com uma das maiores inflações e preços elevados, que comprometem as vendas.
Com isso, os argentinos dão preferência à compra de medicamentos e alimentos, o que compromete a aquisição de veículos, mesmo os utilizados para o transporte de passageiros e de carga.
Outra característica do mercado argentino é a disputa pelo mercado entre a Mercedes-Benz e a IVECO. Em março, entre os dez veículos pesados mais vendidos na Argentina seis modelos foram Mercedes-Benz e quatro IVECO. E entre as vinte unidades preferidas, onze foram da Mercedes-Benz, oito da IVECO e apenas um da Agrale. Scania e Volvo, duas tradicionais marcas presentes no mercado argentino não tiveram veículo classificado entre os 20 mais vendidos.
Enquanto a Mercedes-Benz dominou as vendas no acumulado com 1.190 unidades e a participação de 48,0%, com a queda de 7,1% sobre as 1.281 unidades registradas no mesmo período de 2023, a IVECO faturou 715 veículos, com a participação de 28,9% e a retração de 45,7% na comparação com as 1.316 unidades do ano passado. Em terceiro ficou a Volkswagen, com 170 veículos e 6,9%, única marca entre as cinco primeiras a registrar crescimento em relação ao primeiro trimestre do ano passado, seguida pela Scania, com 147 e 5,9%, e Agrale, com 90 unidades e 3,68%.
O reflexo da dificuldade do mercado argentino também pode ser exemplificado com os resultados registrados no final do primeiro trimestre com a queda de vendas de sete marcas. As únicas que registraram ascensão foram a Volkswagen, com 170 veículos (26,9%) sobre as 134 unidades comercializadas no primeiro trimestre de 2023; a Foton, com a venda de 35 veículos, que correspondem ao crescimento de 150,0% sobre as 14 unidades vendidas no primeiro trimestre do ano passado, e a Isuzu, com 17 veículos, contra 7 no período anterior e 142,9% de crescimento.
Entre os modelos, o caminhão Mercedes-Benz Atego 1729S, com 185 unidades foi o mais vendido no trimestre, seguido pelo IVECO 170E, com 163, e pelo Mercedes-Benz Accelo 815, com 128, o Mercedes-Benz Atego 1721, com 122, e o chassi de ônibus Mercedes-Benz BMO 384, com 101 unidades.