Crédito Divulgação Mercedes-Benz
De acordo com dados divulgados pela Anfavea sobre o balanço do mercado brasileiro de veículos comerciais, a produção de caminhões e ônibus cresceu 84,6% nos primeiros nove meses de 2021 (132.867 unidades contra 71.959 unidades no mesmo período do ano passado). O segmento de caminhões cresceu 103,7%, com 118.302 unidades contra 58,075 unidades no período anterior. O segmento de ônibus também cresceu, mas apenas 4,9% (14.565 unidades contra 13.884).
Embora o resultado seja extremamente positivo, o mercado dá sinais de impacto com a falta de componentes e dificuldades de abastecimento com queda de 7,7% na produção em setembro (pela primeira vez neste ano), de 14.963, em agosto deste ano, para 13.816 unidades, o que fez a Anfavea revisar as projeções para o setor de caminhões. Em vez das 122.000 unidades estimadas há três meses, a Associação Nacional de Fabricantes de Veículos Automotores estima 120 mil veículos, um aumento de 34% em relação a 2020.
As vendas do segmento de caminhões seguem aquecidas e atingiram 95.289 unidades, alta de 51,8% ante 62.788 unidades de janeiro a setembro do ano passado. Nos ônibus, o crescimento foi de 9,7% e passou de 9.970 unidades para 10.938 nos nove meses de 2021.
“É o maior volume acumulado em nove meses desde 2014”, enfatiza o vice-presidente da Anfavea, Marco Saltini. O crescimento se deve principalmente à maior demanda do agronegócio e do comércio eletrônico.
Caminhões pesados continuam sendo os mais vendidos. Eles foram responsáveis por 48.984 unidades vendidas no período e acumulam aumento de 55,6% sobre as 31.481 unidades de 2020. O segmento com o menor aumento no ano até o momento foi o de caminhões médios. Foram 8.135 unidades licenciadas, 36,4% a mais que nos mesmos nove meses do ano passado (5.962 unidades).
Exportações crescem 91,5%
As vendas externas de caminhões de janeiro a setembro somaram 16.659 unidades, alta de 91,5% sobre o mesmo período de 2020. Todos os segmentos apresentaram aumento, com destaque para os semileves, com 531,5% (de 92 unidades para 581 unidades) e médios, com 151,0%, de 347 unidades para 871. O maior volume de exportações foi no segmento de pesados, que cresceu 80,4%, de 4,493 para 8.106 unidades.
Em ônibus, as exportações também cresceram ligeiramente, de 2.817 unidades nos nove meses do ano passado para 2.850 unidades neste ano. As vendas de rodoviários continuaram caindo 39,6% (de 1.436 para 868 unidades), mas o segmento de urbanos cresceu 43,5% (de 1.381 para 1.982 unidades)